QUANDO A ABDOMINOPLASTIA É INDICADA PARA O TRATAMENTO DA DIÁSTASE ABDOMINAL

A diástase abdominal é um problema bastante comum entre as mulheres, principalmente após o parto, no qual ocorre a deformação do abdômen devido ao afastamento vertical dos músculos abdominais, que são separados ao meio. Mas não são apenas as gestantes que apresentam este problema, que se não for devidamente tratado, pode causar dores fortes e dificuldade de locomoção.

 

O QUE É

É um estiramento na musculatura abdominal causado pelo seu enfraquecimento.

 

PRINCIPAIS CAUSAS

– Gestação (quanto mais gestações, maior o risco de ocorrer).

– Falta de fortalecimento dos músculos abdominais em mulheres acima de 35 anos.

– Ganho brusco de peso.

– Exercício abdominal muito intenso ou levantamento excessivo de peso.

 

NA GESTAÇÃO

A gestação provoca o alongamento dos músculos abdominais, que pode causar a separação das duas bandas musculares que se encontram na região central do abdômen. No local onde os músculos se separaram, a barriga fica deformada e se torna mais protuberante. A diástase tem início durante a gestação e acaba sendo percebida após o parto.

 

EFEITOS DA DIÁSTASE ABDOMINAL

– Deformação estética do abdômen com o surgimento de uma protuberância vertical no meio da musculatura quando há esforço físico (sentar, levantar, tossir, etc.).

– Dores nas costas, nádegas e pernas e dificuldade para andar.

 

COMO SABER SE VOCÊ TEM DIÁSTASE ABDOMINAL

Deite no chão e flexione o tronco levemente até ficar em um ângulo de 45 graus. Quando estiver nesta posição, passe a mão sobre o abdômen e verifique se há a presença de um espaço separando os dois lados da musculatura abdominal.

O espaçamento de até dois dedos indica uma diástase leve, sendo fácil de tratar. Se houver uma distância maior do que três dedos entre os músculos, pode ser indicação de uma diástase abdominal severa, podendo chegar a um espaçamento de até 20 centímetros.

Apesar de o tamanho do espaçamento indicar a gravidade do quadro, apenas um médico especialista poderá passar o diagnóstico correto, por meio de um exame de ultrassom ou tomografia.

 

PREVENÇÃO

É possível prevenir a diástase abdominal com a prática regular de atividade física para, principalmente para as futuras mamães. Durante a gravidez, deve-se manter uma postura correta e optar por exercícios de pouca intensidade, como caminhadas, alongamentos e hidroginástica. Uma dieta equilibrada, rica em vitaminas, proteínas magras e antioxidantes também ajuda muito, pois evita o ganho brusco de peso.

Mulheres que já tiveram diástase, têm maiores chances de desenvolver o problema novamente durante a gestação. Desta forma, a recomendação é esperar dois anos após a ocorrência da diástase para poder engravidar e não ter tanto risco de ocorrer novamente.

 

COMO TRATAR

O tratamento vai depender da complexidade do problema.

– Diástase leve: o tratamento consiste em uma combinação de exercícios de fortalecimento abdominal e procedimentos estéticos como drenagem linfática e carboxiterapia. Estes cuidados, além de tratar a diástase, contribuem na redução de líquidos e na diminuição do inchaço abdominal.

– Diástase severa: exercícios físicos, drenagem, carboxiterapia e tratamento cirúrgico com a amarração da musculatura abdominal, realizada através da abdominoplastia.

 

CIRURGIA

A Abdominoplastia é indicada para os casos crônicos da diástase abdominal, em que é feita a reaproximação dos músculos por meio de sua amarração. Caso haja necessidade, aproveitamos a cirurgia para fazer também a redução da gordura localizada e a eliminação do excesso de pele, da flacidez e das estrias da região abdominal. Desta forma, é realizada a remodelação de todo o abdômen para eliminar o problema e deixar o paciente com uma silhueta mais firme, harmoniosa e jovial.

No pós-operatório, o paciente irá usar uma cinta cirúrgica no primeiro mês, retirando apenas para tomar banho. No segundo mês, irá usar a cinta de dia e retirar para tomar banho e dormir. Durante toda a recuperação, o paciente não pode permanecer por muitas horas seguidas em repouso, devendo se levantar a cada três horas e fazer dois minutos de caminhada leve para ativar a circulação sanguínea e evitar o risco de trombose. Deverá também dormir de barriga para cima por 60 dias, e não fazer força no abdômen para se levantar quando estiver sentado ou deitado. As atividades poderão ser realizadas gradativamente, da seguinte forma:

– Caminhadas após três semanas da cirurgia;

– Exercícios para braços, tórax, pernas e bicicleta após dois meses da cirurgia;

– Exercícios pesados como corrida, tênis, natação, lutas e abdominais após três meses da cirurgia.

 

Dr. Eduardo Zampieri Gauch
Cirurgião Plástico
CRM 113650
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

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